26 julho 2012

Um sonho francês - 10º parte


Eu sempre me sentia bem quando ele me abraçava mais dessa vez senti uma sensação estranha e foi como se o mundo todo parasse naquele momento.
Depois voltamos para o hotel eu fui para o quarto não conseguir para de pensar no Rafael e na sensação estranha daquele abraço.
E oque ele disse que preferia acreditar que a mulher que ele ama o deixou porque não o amava do que saber que ela morreu o amando.
Será que ele tinha se apaixonado por alguma garota que conhecemos em nossa viagem?  E se ele me deixasse por ela? E se ele está apaixonado por que não me contou?
Eu estava com ciúmes de uma mulher que eu nem sabia se existia, estava com medo de perde o Rafael o meu Rafa e por quê?
Será que eu o amava e não só fraternalmente?
Então parei fechei os olhos e olhei para dentro do meu coração então veio a, resposta e uma, lágrima, correu pelo meu rosto: Sim eu o amava de verdade!
E agora oque eu faria com esse sentimento?
Me, deitei acabei adormecendo e a noite passou e pela manha fui até o quarto de Rafael ele sempre acordava antes de mim bati na porta Rafael abriu:
- Bom dia! Disse Rafael.
- Bom dia! Respondi.
- Então Ce  veio admirar minha beleza matinal?
- Não embora te ache muito sexy de samba-canção. Falei rindo ele estava de camiseta e samba-canção.
- Ainda bem que morávamos no mesma republica você já tá acostumada com meu estilo. Ele falou, ele sorrindo.
- É ex-colega de quarto, saudades do tempo da republica. Eu falei.
- Bah morro, de saudades daquela época. Ele falou.
- Então Rafa qual vai ser a nossa próxima parada? Perguntei.
- Vamos ficar hoje e amanhã aqui você gosta tanto daqui.
Rafael pediu café da manhã no quarto pra gente mas não comi nada depois saí para fazer compras ele ficou no hotel marcamos de nos encontra em um restaurante na hora do almoço.
Comprei algumas roupas e lembrancinhas adoro compra esse tipo de coisa.
Era meio dia e 15 eu estava sentada em uma mesa do lado de fora do nosso restaurante favorito Guimouve Rafael chegou me deu um beijo no rosto e se sentou.
O garçom trouxe o cardápio fizemos nossos pedidos eu não estava comendo quase nada então Rafael perguntou:
- Alguma coisa de errado?
- Nada respondi. Mentindo.
- Ce...? Falou ele.
- O quê foi? Perguntei.
- Quem você acha que estava errado Odilon ou Mabelle? Perguntou ele.
Parei e pensei por alguns segundos então respondi:
- Os dois.
- Como assim os dois? Perguntou Rafael.
- Nenhum dos dois insistiu os dois desistiram no primeiro problema tiveram medo de arriscar de sofrer e acabaram sofrendo bem mais pelos seus medos.

14 julho 2012

Um sonho francês - 9º parte


Quando acabei de falar a madre baixou a cabeça pensou um pouco então começou a falar:
- Quando Mabelle chegou, eu já estava aqui há algum tempo eu era uma noviça como já falei  nos dividíamos quarto.
Na primeira noite dela aqui a escutei chorando baixinho, e nas duas noites que  seguiram-se também na terceira noite perguntei se era saudade da família.
Ela me contou de Odilon o rapaz que ela tinha conhecido no circo do namoro das promessas e de como ela a abandonou.
Todos falavam que ele não prestava que ele era namorador mas ela não deu bola ela o amava mais que tudo na vida.
Odilon disse que ia procurar um emprego melhor para poderem se casar e que voltaria dentro de 1 mês mais se passaram mais de 4 meses e ele nem deu noticias.
Todos disseram que ele não voltaria que ele não era homem para ela então ela veio para cá, dias depois ele apareceu mas ela não quis velo já estava muito magoada.
Mabelle passou o resto da vida aqui mas nunca o esqueceu o nome dele foi o ultimo que ela chamou antes de morrer.
Então Rafael se levantou e falou nervoso:
-  Mas ele mandou  cartas para ela.
- Mandou? Questionou a madre.
- Sim ele mandou uma carta avisando que tinha conseguido um novo emprego e que demoraria pois tinha que começar a trabalhar imediatamente.
Depois de 4 meses mandou outra pedindo que ela o encontrasse mais ela não foi nem se quer respondeu as cartas. Respondi.
- Então elas nunca chegaram até ela. Falou a madre.
Eu me levantei e agradeci a madre:
- Obrigado pela ajuda.
Ela nos acompanhou até a porta e disse:
- Tchau que Deus os acompanhe.
Quando saímos do convento lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto Rafael me perguntou:
- O que foi?
- Rafa o que eu faço agora? Será que eu devo contar para ele que ela o amava? Perguntei.
Rafael baixou a cabeça e respondeu:
- Não você não deve contar para ele.
- Por quê? Perguntei.
- Eu preferia acreditar que a mulher que eu amo me deixou porque não me amava do que saber que ela morreu me amando.
Então ele levantou a cabeça colocou as mãos em meu rosto secou minhas lágrimas e me abraçou. 

13 julho 2012

Um sonho francês - 8º parte


 Chegando lá nos hospedamos em um hotel almoçamos depois fomos procurar o convento.
Depois de rodar um pouco a cidade a achamos o convento  Cordeliers  era um lugar lindo antigo e principalmente enorme.
Entramos eu falei com uma noviça que aparentava ser mais nova que eu:
- Olá a senhorita poderia me informar sobre a irmã Mabelle ela entro nesse convento em 1942?
- Desculpa não, sei informa-la sou só uma noviça como pode ver, a senhorita deveria tentar fala com a Madre superiora, ela esta aqui a mais tempo é a mais velha do convento. Respondeu a noviça.
- Qual o seu nome? Perguntei.
- Nancy. Respondeu ela.
- Irmã Nancy você poderia nos leva até a madre superiora? Perguntei.
- Sim. Nancy respondeu.
Ela nos guiou por um corredor chegamos a uma salinha de espera com uma com uma grande porta então ela falou:
- Um momento, vou ver se a Madre pode recebe-los.
Nancy entrou na sala e voltou depois de alguns minutos saiu e disse:
- Madre Elena vai, recebe-los.
Quando ela ia se retirando eu disse:
- Obrigado.
- Espero que eu tenha mesmo ajudado. Disse ela sorrindo depois saiu.
Eu e Rafael entramos na sala que era como um gabinete ela estava sentada numa cadeira atrás de uma mesa e levantou para nos receber e se apresentou.
- Olá sou a Irmã Elena.
- Olá. Eu e Rafael falamos juntos.
- Eu sou Cecilia. Me, apresentei.
- E eu me chamo Rafael. Ele falou.
- Sentem-se. Disse a madre.
Nós nos sentamos em cadeiras na frente dela e ela retornou a se sentar.
- Vocês quere saber sobre a Irmã Mabelle? Perguntou a Madre
- Sim respondi.
Então ela começou a falar:
- Lamento informa-los mais ela morreu a 16 anos atrás foi uma grande perda mas Deus sabe oque faz nós dividíamos o quarto quando moças.
Nós duas éramos muito unidas ela era dois anos mais velha que eu. Mas oque vocês são dela e oque gostariam de saber?
- Não somos nada dela, é que quando ela veio para cá deixou um amor para trás ele é nosso amigo e até hoje ele não a esqueceu seu nome é Odilon.

08 julho 2012

Um sonho francês - 7º parte


Alphonse se sentou ao meu lado perguntou sobre as minhas viagens eu lhe contei sobre as viagens depois ele perguntou:
- Oque você pretende fazer quando acabar de viajar?
- Acho que vou tentar ser  feliz em um quarto-andar sem elevador em Paris. Respondi.
Alphonse sorriu e disse:
- Aquela velha lenda que você pode ser feliz em um quarto-andar sem elevador em Paris?
- É a velha lenda, e meu plano B é tentar ser feliz em uma casinha em Porto Alegre. Falei.
- E seu amigo Rafael o que vai fazer depois da viajem. Pergunto
-  Bem... Não sei nunca falamos sobre isso.
Eu e Alphonse passamos um bom tempo conversando antes de ir embora ele me passou o numero de telefone. Ele me fez prometer que quando voltasse a Tours ligaria para ele.
Depois que Alphonse foi embora subi até meu quarto tinha que arrumar algumas coisas , estava sentada na cama organizando a minha mala.
Quando ouvi uma batida na porta gritei:  
- ENTRA TA ABERTA.
Rafael abriu a porta se sentou do meu lado e perguntou:
- E seu amigo Alphonse o que achou dele?
- Ele é bem simpático e gentil. Respondi.
- Eu não fui muito com a cara dele. Falou Rafael.
- Por quê? Eu pergunte.
- Sei lá mais não fui com a cara dele... Falou  Rafael.
-  Ele é legal gostei dele.
- Bom não vim falar de seu novo amigo. Vim pergunta qual vai ser o novo rumo da nossa viagem?
- Quero voltar a Paris Rafa.
- Sei que você ama Paris mas, temos tantos lugares para conhecer  por que não voltamos a Paris depois ela vai continua lá? Perguntou Rafael.
- Não é isso não é para visitar a cidade. Respondi.
- Por que então? Rafael perguntou.
- Eu... Eu quero ir até o convento Cordeliers quero descobri oque Mabelle sentia por Odilon. Falei.
- Então vamos. Disse Rafael.
- Ué tu não vai dizer que é loucura e tentar me fazer mudar de ideia? Perguntei surpresa.
- Ce te conheço a 7 anos nesses anos todos quando eu conseguir mudar sua opinião sobre alguma coisa? Nunca então se você quer ir vamos você deve esta certa como na maioria das vezes.
Então fizemos nossas malas no dia seguinte nos despedimos de nossos amigos e pegamos o primeiro trem para Paris.  

06 julho 2012

Um sonho francês - 6º parte


No dia seguinte acordei fiz minhas higienes e fui tomar café com o pessoal, entrei na cozinha Charlote e Brunot já estavam lá Rafael chegou alguns segundo depois de min.
Charlote estava me servindo uma xícara de café quando ela termino de servi Rafael pegou minha xícara Charlote disse:
- Você não esperou já ia te servi.
- Cecilia não gosta de café.
- É mesmo? Me perguntou Charlote.
- É sim... Respondi
- Ela é educada demais para admitir. Falou Rafael.
- Hoje vamos ter companhia para o almoço. Falou Brunot.
- Quem? Perguntei.
- Meu Irmão Alphonse. Respondeu Brunot.
- Não sabia que você tinha um irmão.
- Ele é dois anos mais novo.
Tomamos café conversamos a manhã passou rápido, eu estava ajudando Charlote com o almoço quando alguém bateu na porta.
Brunot atendeu e as vozes aumentaram logo ele e Rafael entraram na cozinha com um rapaz e o apresentou pra mim:
- Esta é minha amiga Cecilia e esse é meu irmão Alphonse.
Alphonse se dirigiu até mim beijou a minha mão e disse:
- Encantado.
- Muito prazer. Eu respondi.
Alphonse era um rapaz muito bonito cabelos escuros e olhos verdes mais era um pouco parecido com Brunot.
Depois do almoço colocamos algumas cadeiras no jardim e nos sentamos para conversar.

04 julho 2012

Um sonho francês - 5º parte


Quando ele terminou de falar notei que uma lágrima escoria pelo seu rosto então ele secou a lágrima com a mão e me e falou
- Eu disse que era uma bela tragédia. Por que você quis tanto saber a história?
- Porque quando o senhor falou aquilo vi um brilho no fundo dos seus olhos. Não foi uma tragédia o senhor conheceu o verdadeiro amor muitos não chegam nem  a vê-lo.
- Você é muito boa em observa oque esta em volta menina mais não consegue vê oque está na sua frente.
De que adianta ter conhecido o verdadeiro amor se eu a perdi?
Então Rafael falou:
- Você não a perdeu Mabelle estará sempre em seu coração ela será sempre (sua bela) nada nem ninguém vai poder tira-la de você.
Seu Odilon se levantou e disse:
- Esta na hora de vocês irem embora seus amigos devem estar preocupados.
Eu e Rafael nos levantamos num salto, eu andei até seu Odilon e o abracei ele retribuiu o abraço me senti como se fosse meu avô me abraçando.
Então eu sai sem dizer nada quando estava descendo os degraus da varanda notei que Rafael não estava comigo então parei para espera-lo.
Ele saiu algum tempo depois de mim e eu perguntei:
- Porque você demorou?
- Nada ele só estava me  falando o quanto você é uma menina especial.
Eu fiquei meio sem graça e falei:
- Sabe de uma coisa? Não ente oque ele quis dizer.
- O que? Perguntou Rafael
- Que eu sou boa em observar oque esta em volta mais não consigo ver oque esta na frente.
- Também não sei... Disse ele.
Quando chegamos Brunot e Charlote estavam na sala, Brunot disse:
- Já estava quase indo atrás de vocês.
- Por que vocês demoraram tanto? Estava preocupada. Disse Charlote.
- Cecilia convenceu seu Odilon a contar a história da placa para ela. Respondeu Rafael.
- Como você conseguiu? Brunot me perguntou.
- Não sei só esperei até ele decidir me contar. Repondi.
Rafael começou a rir e falou:
- Até parece que vocês  não conhecem a Ce.
Todos riram depois disso Charlote mostrou nossos quartos nos arrumamos e fomos dormir.

03 julho 2012

Um sonho francês - 4º parte


Então seu Odilon começou a falar:
- Era 1942 eu estava aproveitando o máximo os meus 18 anos, difícil de acreditar mas eu era um moço muito bonito e fazia muito sucesso com as garotas.
Era julho e o circo estava na cidade, eu nunca tinha ido ao circo pois era um jovem pobre meu pai falava que não valia apena gasta dinheiro com esse tipo de coisa.
Eu já ganhava meu próprio dinheiro fazendo alguns bicos então convidei alguns amigos e fomos todos juntos.
Quando me sentei na arquibancada ela estava lá do outro lado do picadeiro  linda de vestido azul, a moça mais linda que já vi na vida!
Eu não consegui presta atenção no espetáculo só tinha olhos para ela então quando acabou fui falar com ela, pela primeira vez.
O nome dela era Mabelle  (minha bela) o nome combinava perfeitamente com ela, eu a chamei para sair.
No dia seguinte levei ela para jantar em pouco tempo já estávamos namorando, mas a família dela não aceitava o namoro por eu ser mulherengo e pobre.
Amava Mabelle  mais do qualquer coisa na vida nunca a magoaria eu estava disposto a me casar com ela.
Foi quando a disse que ia viajar atrás de um emprego melhor e voltaria dentro de um mês fizemos aquela placa antes da viajem para simbolizar nosso amor.
Achei um emprego de contador em Fontainebleau uma cidade perto de Paris mas tive que começa imediatamente lhe mandei uma carta avisando.
Não tive resposta mandei outra carta, quarto messes depois mande uma pedindo que ela fosse se encontra comigo mas ela não apareceu.
Resolvi voltar quando cheguei descobri que ela tinha desistindo de mim porque eu era mulherengo, ela foi para o convento Cordeliers  em Paris.
Ela nem si quer quis me ouvir  mandou dizer que eu não era homem para ela, eu gritei tentei vê-la de qualquer jeito e acabei sendo expulso.
Depois voltei pra cá e nunca mais consegui amar ninguém Mabelle sempre foi e sempre será meu único amor até o dia de minha morte.

01 julho 2012

Um sonho francês - 3º parte


- Oque você quer? Ele perguntou.
- Quero saber a história daquela placa. Respondi.
- Vá embora essa história não é da sua conta.
Quando ele ia tentar fechar a porta na minha cara falei:
- O senhor pode até fechar a porta mais vou ficar aqui até o senhor resolver me contar.
- Então fique ai a vida toda. Após termina a frase ele bateu a porta na minha cara.
- Vamos embora. Disse Rafael que até então permanecia quieto observando.
- V á você embora vou ficar aqui até ele me contar. Me sentei a beira da varanda.
- E deixar você ai sozinha? De jeito nenhum.
Ele se sentou ao meu lado e ficamos em silencio cerca de duas horas se passaram, e eu resolvo lhe fazer uma pergunta:
- Rafa quando chegamos Brunot  te chamou no canto e te falou alguma coisa oque  ele te disse?
Rafael hesitou um pouco e respondeu:
- Brunot me perguntou se eu já tinha achado uma francesinha pra mim.
- É mesmo Rafa antes você era maior pegador agora não te vejo com ninguém por quê?
- É que viajamos muito não da para conhecer ninguém direito.
- Desde quando isso virou empecilho para você ?
- Dizem que quando a gente fica velho se acalma pode ser isso também.
- Até parece você velho só tem 23 anos. Disse rindo.
Ele me deu um cutucão com o ombro depois me abraçou, se passou mais uma hora .
Então Rafael me solto e começou uma frase:
- Ce...
Antes que ele pudesse termina de falar a porta se abriu então o senhor Odilon perguntou:
- Você não vai desistir mesmo?
- De jeito nenhum  respondi.
- Então entre com seu namorado antes que eu me arrependa.
- Somos só amigos. Falou Rafael.
Então entramos, a casa dele não era tão bonita quanto a de Brunot e Charlote mais era aconchegante  me lembrava a casa do meu avô.
Fomos para a sala ele sentou-se em um sofá e eu e Rafael em outro.